Depois da declaração de Thiago “BTT” Monteiro ao portal Teamplay, o portal da MIBR.com.br procurou Guilherme “spacca” Spacca (foto) para saber a versão dele sobre a polêmica mudança na line-up do paiN Gaming, que acontece na semana passada.
Na entrevista, spacca diz estar muito decepcionado com a atitude de seus antigos companheiros de não terem sequer conversado com ele para explicar os motivos de sua dispensa. E completou: “durante mais de um ano mostrei meu valor e o meu desempenho dentro do jogo e fora dele. Se isso ainda não foi suficente, eu tenho que apenas lamentar e seguir minha vida. Não preciso provar mais nada”.
Leia abaixo a entrevista, na íntegra:
Como você recebeu a notícia de que havia sido dispensado do paiN? O time conversou com você ou simplesmente lhe avisou da decisão?
Na quinta-feira passada, eu liguei para o BTT do meu trabalho, perguntei quando resolveríamos a line-up, porque muitos times já estavam treinando para a WCG e precisávamos voltar a treinar em breve. O que ele me disse foi que eu e o MKR havíamos sido dispensados e que bit e fnx entrariam no nosso lugar. Ficou só nisso.
O seu antigo time, que defendeu o CNB e mais recentemente o paiN, se destacava por manter a mesma line-up há quase dois anos, o que é muito difícil atualmente. Você concorda com a declaração do BTT de que o time precisava de mudanças por ser “limitado e inconstante”?
Acredito que nosso time tinha algumas falhas e limitações que só jogando mais vezes fora do Brasil poderiam ser superadas. Ser incostante é algo que só trabalhando o psicológico dos jogadores para melhorar, mas como não tínhamos tempo para fazer isso, precisávamos mudar algumas coisas.
Você acha que o desempenho do paiN na GameGune poderia ter sido melhor e talvez essas mudanças não acontecessem?
A mudança não foi algo que surgiu após a GameGune. Uns meses atrás, nosso time queria mudar a line para as entradas de bit e fnx e a saída de dois jogadores. Naquele momento eu fui contra, fui irredutível porque acreditava que nosso time tinha potêncial para chegar lá. Cheguei até a falar para colocar esses players no meu lugar, porque eu não queria qualquer mudança na nossa line e que houvesse algum tipo de injustiça. Após a GameGune, eu, BTT, cky e Ferrer conversamos sobre uma possível mudança depois de alguns episódios que não nos agradaram e algumas atitudes in-game que não poderiam acontecer em um campeonato como esse. Chegando no Brasil, ficamos de conversar na semana seguinte para pensar com calma e resolver tudo da melhor forma possível. Pelo que foi colocado pelo BTT [na entrevista para a Teamplay], parece que fui eu que armei tudo para MKR e prd saírem do time, sendo que da primeira vez eu defendi a permanência dos dois. Depois da GameGune resolvemos conversar por uma possível mudança. Independente do resultado, o BTT sempre deixou claro que queria voltar a jogar com bit e fnx, ele deixou isso claro para todos.
Por que você acha que o time optou pela sua saída, que foi o melhor jogador do time da GameGune, e do MKR, que também teve uma boa atuação?
Eu não ligo para estatísticas, mas fiquei feliz por receber esse reconhecimento. Em relação às mudanças, depois de anunciada a minha saída do time, fiquei esperando mais três dias para que alguém viesse conversar comigo e falar o porquê da minha saída e isso não aconteceu. Para não ser injusto, o único que conversou comigo foi o Ferrer, que mesmo assim não explicou os motivos, apenas disse que foi uma decisão mútua entre organização e players.
Havia algum problema de relacionamento na equipe ou você acha que essa decisão de mudar teve outros motivos?
Da minha parte nenhuma. Sempre tratei os jogadores do meu time como irmãos. Quem já jogou comigo sabe disso, não preciso chegar aqui e mentir. Era fiel a eles e sempre fui, inclusive em momentos que poderia ter jogado tudo para o alto e partido para outra, mas não fiz isso porque acreditava em todos e tínhamos um ambiente ótimo.
O BTT disse que a intenção de mudar vinha desde antes da GameGune. Mas você acha que o fato de bit e fnx estarem disponíveis, sem time, aceleraram essa decisão?
Claro, a saída do bit e fnx dos respectivos times só aumentou a vontade de uma troca de line up.
O BTT falou sobre aqueles que são ‘kickados’ e se manifestam pelas redes sociais, numa clara crítica ao seu pronunciamento pelo Twitter. O que você tem a dizer sobre isso?
Seria indiferente eu ter falado no Twitter à 2h da tarde ou ter esperado o anúncio oficial da minha dispensa. A decisão já havia sido tomada e não restava mais nada que eu pudesse fazer.
Você tem algum ressentimento com seus antigos companheiros? Agora fora da equipe, qual sua relação com eles?
Eu disse ao Ferrer, eu fiquei triste pela minha saída, mas é algo que acontece e temos que seguir em frente. Fiquei muito decepcionado com a atitude deles de não ter sequer conversado comigo, dado os reais motivos pela minha dispensa, o mínimo de respeito que eu sempre dei a eles eu cobrei, mas nem isso eles fizeram. Não sou hipócrita e não preciso fazer média com ninguém. A partir do momento que pessoas que você tem um nível de consideração altíssimo não demonstram algo recíproco é porque realmente não pensavam como você pensava, então não tenho mais nada o que falar com eles. Sobre mostrar meu valor após ter sido “kickado” e mostrar que estavam errados, eu tenho a seguinte filosofia: durante mais de um ano mostrei meu valor e o meu desempenho dentro do jogo e fora dele, se isso ainda não foi suficente eu tenho que apenas lamentar e seguir minha vida. Não preciso provar mais nada.
Você já tem na cabeça uma ideia do que fazer daqui para frente? Há convite de alguma equipe?
Eu vou dar um foco maior a minha faculdade, minha carreira como redator publicitário, entre outras coisas. Sobre o jogo, apesar de já terem me convidado para vários times, minha intenção é ficar afastado por algum tempo. Claro que ainda vou jogar, brincar, mas não penso em entrar em algum time tão cedo.
Leia abaixo a entrevista, na íntegra:
Como você recebeu a notícia de que havia sido dispensado do paiN? O time conversou com você ou simplesmente lhe avisou da decisão?
Na quinta-feira passada, eu liguei para o BTT do meu trabalho, perguntei quando resolveríamos a line-up, porque muitos times já estavam treinando para a WCG e precisávamos voltar a treinar em breve. O que ele me disse foi que eu e o MKR havíamos sido dispensados e que bit e fnx entrariam no nosso lugar. Ficou só nisso.
O seu antigo time, que defendeu o CNB e mais recentemente o paiN, se destacava por manter a mesma line-up há quase dois anos, o que é muito difícil atualmente. Você concorda com a declaração do BTT de que o time precisava de mudanças por ser “limitado e inconstante”?
Acredito que nosso time tinha algumas falhas e limitações que só jogando mais vezes fora do Brasil poderiam ser superadas. Ser incostante é algo que só trabalhando o psicológico dos jogadores para melhorar, mas como não tínhamos tempo para fazer isso, precisávamos mudar algumas coisas.
Você acha que o desempenho do paiN na GameGune poderia ter sido melhor e talvez essas mudanças não acontecessem?
A mudança não foi algo que surgiu após a GameGune. Uns meses atrás, nosso time queria mudar a line para as entradas de bit e fnx e a saída de dois jogadores. Naquele momento eu fui contra, fui irredutível porque acreditava que nosso time tinha potêncial para chegar lá. Cheguei até a falar para colocar esses players no meu lugar, porque eu não queria qualquer mudança na nossa line e que houvesse algum tipo de injustiça. Após a GameGune, eu, BTT, cky e Ferrer conversamos sobre uma possível mudança depois de alguns episódios que não nos agradaram e algumas atitudes in-game que não poderiam acontecer em um campeonato como esse. Chegando no Brasil, ficamos de conversar na semana seguinte para pensar com calma e resolver tudo da melhor forma possível. Pelo que foi colocado pelo BTT [na entrevista para a Teamplay], parece que fui eu que armei tudo para MKR e prd saírem do time, sendo que da primeira vez eu defendi a permanência dos dois. Depois da GameGune resolvemos conversar por uma possível mudança. Independente do resultado, o BTT sempre deixou claro que queria voltar a jogar com bit e fnx, ele deixou isso claro para todos.
Por que você acha que o time optou pela sua saída, que foi o melhor jogador do time da GameGune, e do MKR, que também teve uma boa atuação?
Eu não ligo para estatísticas, mas fiquei feliz por receber esse reconhecimento. Em relação às mudanças, depois de anunciada a minha saída do time, fiquei esperando mais três dias para que alguém viesse conversar comigo e falar o porquê da minha saída e isso não aconteceu. Para não ser injusto, o único que conversou comigo foi o Ferrer, que mesmo assim não explicou os motivos, apenas disse que foi uma decisão mútua entre organização e players.
Havia algum problema de relacionamento na equipe ou você acha que essa decisão de mudar teve outros motivos?
Da minha parte nenhuma. Sempre tratei os jogadores do meu time como irmãos. Quem já jogou comigo sabe disso, não preciso chegar aqui e mentir. Era fiel a eles e sempre fui, inclusive em momentos que poderia ter jogado tudo para o alto e partido para outra, mas não fiz isso porque acreditava em todos e tínhamos um ambiente ótimo.
O BTT disse que a intenção de mudar vinha desde antes da GameGune. Mas você acha que o fato de bit e fnx estarem disponíveis, sem time, aceleraram essa decisão?
Claro, a saída do bit e fnx dos respectivos times só aumentou a vontade de uma troca de line up.
O BTT falou sobre aqueles que são ‘kickados’ e se manifestam pelas redes sociais, numa clara crítica ao seu pronunciamento pelo Twitter. O que você tem a dizer sobre isso?
Seria indiferente eu ter falado no Twitter à 2h da tarde ou ter esperado o anúncio oficial da minha dispensa. A decisão já havia sido tomada e não restava mais nada que eu pudesse fazer.
Você tem algum ressentimento com seus antigos companheiros? Agora fora da equipe, qual sua relação com eles?
Eu disse ao Ferrer, eu fiquei triste pela minha saída, mas é algo que acontece e temos que seguir em frente. Fiquei muito decepcionado com a atitude deles de não ter sequer conversado comigo, dado os reais motivos pela minha dispensa, o mínimo de respeito que eu sempre dei a eles eu cobrei, mas nem isso eles fizeram. Não sou hipócrita e não preciso fazer média com ninguém. A partir do momento que pessoas que você tem um nível de consideração altíssimo não demonstram algo recíproco é porque realmente não pensavam como você pensava, então não tenho mais nada o que falar com eles. Sobre mostrar meu valor após ter sido “kickado” e mostrar que estavam errados, eu tenho a seguinte filosofia: durante mais de um ano mostrei meu valor e o meu desempenho dentro do jogo e fora dele, se isso ainda não foi suficente eu tenho que apenas lamentar e seguir minha vida. Não preciso provar mais nada.
Você já tem na cabeça uma ideia do que fazer daqui para frente? Há convite de alguma equipe?
Eu vou dar um foco maior a minha faculdade, minha carreira como redator publicitário, entre outras coisas. Sobre o jogo, apesar de já terem me convidado para vários times, minha intenção é ficar afastado por algum tempo. Claro que ainda vou jogar, brincar, mas não penso em entrar em algum time tão cedo.
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